sábado, 25 de abril de 2009


Hoje deu-me para escrever,
deu-me para abrir os pulmões
da mente, e gritar o que me flui
na alma, que ultrapassa barreiras
para atingir o infinito do pensamento.

Hoje deu-me para falar,
dizer o que tenho escondido,
fingido, deu-me para estender
a sabedoria a todo o universo.

Hoje deu-me para ouvir,
sentir no coração todo e qualquer
pensamento, escutar a voz de dentro,
aquilo que faz de nós o pouco que somos.

Hoje deu-me para sentir,
tocar o interior e acarinhar,
e não sentir nenhum pensamento,
não sentir nada excepto o que sinto.

Hoje deu-me para amar,
deu-me para esquecer que
não amo, que gostava de o fazer
hoje deu-me para escrever.


Rui Filipe

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