sexta-feira, 15 de maio de 2009

Aparição


Terminou há minutos o programa da Rtp2 Grandes Livros a falar do livro "Aparição" de Vergílio Ferreira. O programa explicava o livro numa vertente mais ligada ao mundo e ao escritor e não tanto literária. No entanto não deixei de aprender umas coisas, sei agora que entre outros prémios Vergílio António Ferreira( também descobri o nome dele) recebeu os prémios Camões e Camilo Castelo Branco. Uma pequena curiosidade é o facto da palavra aparição ter sido narrada apenas uma vez. Mas idiossincrasias à parte, desconhecia que o livro já tinha tido tantas edições na antiga união soviética.

terça-feira, 5 de maio de 2009

A janela


Dorme, sossegada, na escuridão total. Toda a cidade dormia. De repente acende-se uma luz. Um candeeiro a óleo ilumina-se e a mulher acorda. Tapa-lhe os lábios, ela resiste mas é derrotada antes de poder pensar no que fazer. Despe-a, apodera-se dela, ela bate-lhe, afasta-o. Tenta fugir mas a porta está trancada, corre até à janela para pedir ajuda. Apenas uma janela estava acesa. Ela tenta abri-la, não consegue, é agarrada. Não pode mexer-se, está agora suja. A luz apaga-se, ela também.

sábado, 25 de abril de 2009


Hoje deu-me para escrever,
deu-me para abrir os pulmões
da mente, e gritar o que me flui
na alma, que ultrapassa barreiras
para atingir o infinito do pensamento.

Hoje deu-me para falar,
dizer o que tenho escondido,
fingido, deu-me para estender
a sabedoria a todo o universo.

Hoje deu-me para ouvir,
sentir no coração todo e qualquer
pensamento, escutar a voz de dentro,
aquilo que faz de nós o pouco que somos.

Hoje deu-me para sentir,
tocar o interior e acarinhar,
e não sentir nenhum pensamento,
não sentir nada excepto o que sinto.

Hoje deu-me para amar,
deu-me para esquecer que
não amo, que gostava de o fazer
hoje deu-me para escrever.


Rui Filipe

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Manifesto anti Garrett


Ai? Ai!? Ai?! Ai o caralho. Aquele homem de seu nome Bernardim, está disposto a ir preso, mais, a morrer por senhora dona princesa. E quando este está a nadar com os peixinhos o máximo que ela faz é dizer... Ai? Como? Pergunto... como é possível que o Pai, ou tio, do teatro português não consiga fazer melhor do que: ai? Será assim que um amor, que nos nossos dias, seria chamado novelístico acabe com um ditongo? Um simples: Ai? Não é que a história seja má, para uma obra romântica, mas acabar com um ai é um insulto. Não só ao amor como a todos os homens deste planeta. Garrett, és um maricas... Ou eras. Ai... Não prestas, vAI-te lixar.

Auto biografia( Versão A.L.)

Os meus cães
gostam de destruir
o meu sofá.

terça-feira, 10 de março de 2009

Atenção


Isto não é um extintor, não, na realidade é apenas a placa que se encontra no seu lugar. Será talvez um trocadilho de quem quer que tenha feito a troca, ou então é aquilo a que as pessoas chamam um erro.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O Sol ilumina a neve



O sol ilumina a neve
branca que o mar já congelou
campo de rosas vermelhas que
outro campo beijou
desço o alto penhasco
que ao seio de montes me levou
sigo para sul a planície
onde um lago me parou
conheço cada centímetro deste
mundo onde estou
soalho de seda suave
que, sem querer, me apaixonou
Pensei já ter tirado
o meu coração daqui
afinal estava enganado,
afinal nunca parti

Rui Filipe