sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Sabemos sempre o que somos quando não sabemos o que dizer, sempre que sei o que faço não sei se o estou a fazer. Sufoco se não sei o que digo se o foco está em mim, e se não está, sei que não estás a olhar para mim. Corremos sempre mais quando queremos chegar a casa, mas eu nunca quero a casa quando o coração acelera. Tremo só de pensar que pode um dia acabar, nem o suor que me corre as mãos quer acreditar.

sábado, 30 de outubro de 2010

Living

Living...
Living is not what it used to be.
It's a hard and cold way to die,
Living is probably not enough.
It's just not what I want right now.
"Have you ever thoght about putting an end to it?"
Funny thing, life...
You get what it wants, not what you want.
But it's probably better to accept it.
After all, you wont even get out of it alive right?
Living...
It isn't enough!
I want more!
I want to live!
I want to live even if it kills me.
Living...
Someone once said there's people in worse situations.
I hope that person is dead.
I really prefered to be the sadest person in the world.
Living would be easier, or not.
Either way I probably wouldn't be here anymore.
Goodbye


Virgil Alighieri

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Cheira bem!


Cheira a Outono. Sabem?... A Outono. Cheira-me ao cheiro típico de fim de Verão, cheiro característico das folhas que descem ao chão num bailado curiosamente Primaveril. É... A Natureza tem destas coisas. Nunca deixa de nos surpreender. Seja no Sol quente de Inverno ou nas chuvas frescas de Verão. Cheira a Outono, mas também a Verão! Não pensem que o cheiro a Outono cheira a Outono e mais não! É mais até do que um cheiro. É uma sensação. Sensação de vários cheiros, que enchem anos inteiros e que se juntam no fim do Verão. Cheira a Outono. E para quê dizer mais? É aquela estação do ano que nos aquece, e arrefece, o coração.

terça-feira, 22 de junho de 2010

A viagem


Morreu há poucos dias José Saramago. Não podia deixar de escrever sobre o assunto. Afinal, os livros dele são dos poucos que consigo ler com o prazer de quem vive as histórias. Esta é a minha forma (talvez a única) de deixar uma dedicatória ao Prémio Nobel. Onde quer que esteja, no ceu ou na terra, Obrigado!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Voltar ao passado

Tal como eu disse por vezes à que dar passos atrás e vou começar hoje.
Pensei durante algum tempo sobre o que devia escrever mas não cheguei a nenhuma conclusão. Então surgiu-me! Vou voltar literalmente ao passado mas sem me esquecer de quem sou. Vou-vos contar uma história que a minha mãe me contava quando eu era pequeno. Vamos ver se resulta.

Bom, todas as histórias começam com "Era uma vez", será talvez, já, uma regra mas eu não gosto de regras portanto: Há muito, muito tempo, nesta galáxia ou noutra muito distante... Um ursinho vivia com a sua avó. Nunca me foi explicado porquê que vivia com a avó. Provavelmente a mãe morreu e o pai está preso, ou então foram trabalhar para fora. Qualquer que fosse a razão não é importante. Bem, segundo a minha mãe este ursinho gostava de brincar, mas por vezes a avó chateva-se com ele. Este ursinho tinha um amigo,o coelhinho[Como se isto fosse possível] e eles brincavam juntos. Certo dia a avó pediu uma coisa ao ursinho:
- Ursinho, fecha-me a janela que está a ficar frio.
Mas o "rapaz", que brincava com o seu amigo[/presa] só respondeu:
- Mais tarde avó, mais tarde.
E mais tarde, a avó que estava a cozinhar volta pedir um favor ao bicharoco.
- Ursinho, vai-me deitar fora o lixo.
Mas ele voltou a responder:
- Mais tarde avó, mais tarde.
Após o almoço ele voltou a ir brincar. E a certa altura apareceu o homem dos gelados.
Então o ursinho foi até casa e pediu dinheiro à avó. Mas a avó respondeu:
- Mais tarde Ursinho mais tarde.
- Mas mais tarde o homem dos gelados vai-se embora.
O karma é lixado. Agora o ursinho via o que devia ter feito. Então decidiu fazê-lo. Fechou a janela e deitou o lixo fora. E aí avó deu-lhe o dinheiro e ele apartir daí nunca mais repetiu a expressão: Mais tarde. Pelo menos era o que me contava a minha mãe. Pessoalmente sempre achei que ele tinha ido à carteira da avó e tinha tirado o dinheiro. Mas tirando isso podemos assumir que por muito tempo que passe a moral da hitória será sempre a mesma: "Fodes os outros e arriscas-te a acabar fodido".


quinta-feira, 1 de abril de 2010


Às vezes para andar para frente é preciso dar um passo atrás. Talvez precise disso. de dar um passo atrás para dar dois à frente. Reconsiderar. Voltar.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Aparição


Terminou há minutos o programa da Rtp2 Grandes Livros a falar do livro "Aparição" de Vergílio Ferreira. O programa explicava o livro numa vertente mais ligada ao mundo e ao escritor e não tanto literária. No entanto não deixei de aprender umas coisas, sei agora que entre outros prémios Vergílio António Ferreira( também descobri o nome dele) recebeu os prémios Camões e Camilo Castelo Branco. Uma pequena curiosidade é o facto da palavra aparição ter sido narrada apenas uma vez. Mas idiossincrasias à parte, desconhecia que o livro já tinha tido tantas edições na antiga união soviética.

terça-feira, 5 de maio de 2009

A janela


Dorme, sossegada, na escuridão total. Toda a cidade dormia. De repente acende-se uma luz. Um candeeiro a óleo ilumina-se e a mulher acorda. Tapa-lhe os lábios, ela resiste mas é derrotada antes de poder pensar no que fazer. Despe-a, apodera-se dela, ela bate-lhe, afasta-o. Tenta fugir mas a porta está trancada, corre até à janela para pedir ajuda. Apenas uma janela estava acesa. Ela tenta abri-la, não consegue, é agarrada. Não pode mexer-se, está agora suja. A luz apaga-se, ela também.

sábado, 25 de abril de 2009


Hoje deu-me para escrever,
deu-me para abrir os pulmões
da mente, e gritar o que me flui
na alma, que ultrapassa barreiras
para atingir o infinito do pensamento.

Hoje deu-me para falar,
dizer o que tenho escondido,
fingido, deu-me para estender
a sabedoria a todo o universo.

Hoje deu-me para ouvir,
sentir no coração todo e qualquer
pensamento, escutar a voz de dentro,
aquilo que faz de nós o pouco que somos.

Hoje deu-me para sentir,
tocar o interior e acarinhar,
e não sentir nenhum pensamento,
não sentir nada excepto o que sinto.

Hoje deu-me para amar,
deu-me para esquecer que
não amo, que gostava de o fazer
hoje deu-me para escrever.


Rui Filipe

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Manifesto anti Garrett


Ai? Ai!? Ai?! Ai o caralho. Aquele homem de seu nome Bernardim, está disposto a ir preso, mais, a morrer por senhora dona princesa. E quando este está a nadar com os peixinhos o máximo que ela faz é dizer... Ai? Como? Pergunto... como é possível que o Pai, ou tio, do teatro português não consiga fazer melhor do que: ai? Será assim que um amor, que nos nossos dias, seria chamado novelístico acabe com um ditongo? Um simples: Ai? Não é que a história seja má, para uma obra romântica, mas acabar com um ai é um insulto. Não só ao amor como a todos os homens deste planeta. Garrett, és um maricas... Ou eras. Ai... Não prestas, vAI-te lixar.

Auto biografia( Versão A.L.)

Os meus cães
gostam de destruir
o meu sofá.

terça-feira, 10 de março de 2009

Atenção


Isto não é um extintor, não, na realidade é apenas a placa que se encontra no seu lugar. Será talvez um trocadilho de quem quer que tenha feito a troca, ou então é aquilo a que as pessoas chamam um erro.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O Sol ilumina a neve



O sol ilumina a neve
branca que o mar já congelou
campo de rosas vermelhas que
outro campo beijou
desço o alto penhasco
que ao seio de montes me levou
sigo para sul a planície
onde um lago me parou
conheço cada centímetro deste
mundo onde estou
soalho de seda suave
que, sem querer, me apaixonou
Pensei já ter tirado
o meu coração daqui
afinal estava enganado,
afinal nunca parti

Rui Filipe